Resumo

Os metais pesados são grandes poluentes ambientais que podem causar sérios danos a microorganismos e a outros organismos quando em contato prolongado. O metal em estudo o mercúrio, tem a capacidade de acumulação no solo por tempo prolongado e em ambientes aquáticos, e ao atingir uma cadeia biológica pode bioacumular em organismos tornando-se um risco à saúde humana por ser uma neurotoxina. Os peixes possuem alta capacidade de bioacumular o mercúrio e seu organismo metaboliza lentamente este metal por cerca de um a três anos. Os humanos podem adquirir este metal a partir da dieta, da água, do ar ou nos garimpos de ouro no processo de amalgação e em indústrias. Estudos relatam a capacidade de fitorremediação de metais por samambaias, e a Pityrogramma calomelanos (L.) Link. e Pteris vittat, entre outras plantas do cerrado se mostraram capazes de acumular arsênio quando presentes em solo. Outras samambaias podem ser utilizadas para a reabilitação de áreas contaminadas, como a Dicranopteris flexuosa. A partir desses estudos o objetivo desse trabalho é verificar em testes in vitro a possível capacidade de citoproteção da Pityrogramma calomelanos (L.) Link. O material vegetal foi coletado na cidade do Crato-CE e depois submetido ao processo de preparação do extrato etanólico e suas frações acetato de etila e metanólica. Foi realizado teste antifúngico (MIC) e modulação da atividade tóxica do mercúrio, teste de quelação de ferro e atividade antioxidante (FRAP) e ainda estimação de flavonóides totais. O teste de concentração fungicida mínima demonstrou antagonismo significante frente as frações metanólicas e de acetato de etila da samambaia em estudo, porém estudos fitoquímicos demonstram que tanto as frações como o extrato bruto possuem substâncias com capacidade antioxidante e possivelmente quelante de metais, sendo assim evidenciada a ação citoprotetora da planta em estudo.